Meus bons amigos, penso humildemente que a intolerância atingiu níveis preocupantes e inaceitáveis em nosso País. E fatos hodiernos observados na sociedade são estarrecedores numa perspectiva democrática e de defesa da cidadania. A disseminação do ódio ganha proporções assustadoras, principalmente nas redes sociais. Inexplicavelmente, nos deparamos no dia a dia, com toda sorte de discursos de raiva, rancor, zanga ou mesmo cólera ao extremo, preconceito e intolerância virilizada. O pior é que não nos damos conta que atravessamos uma séria crise político-institucional, talvez a pior na história republicana recente,em cujo centro estão a insatisfação com a não representatividade da classe política e dos partidos, sejam à direita ou à esquerda do espectro ideológico.O País encontra-se polarizado entre “petralhas” e “coxinhas”, “reaças” e “comunistas”, “fascistas” e “democratas”. Mas, insisto, a realidade social é consideravelmente mais complexa do que o tipo de maniqueísmo esquemático vivenciado. Tem-se intensificado um sentimento de disputa entre dois grupos, como se
a realidade fosse dicotômica, de modo a dividir a população entre “Nós” e “Eles”, o “Eu” e o “Outro”, o “Bem” e o “Mal. É preciso se livrar urgentemente deste transe, espécie de hipnose coletiva. Democracia pressupõe Instituições Fortes. E um pouco mais, porque a existência do sufrágio universal é apenas a condição necessária para uma democracia, com Estado de Direito e Imprensa livre e independente. Nós não temos mais esses fundamentais ingredientes em nosso bojo. E pelo comportamento atual observado, cavamos além do fundo do poço, infelizmente bem além...
Anderson França – Jornalista e Ambientalista. . Jornais: Popular da Tarde, Diário Popular, Folha de SP, Notícias Populares.Rádios: Nova Eldorado, Capital, CBN, Record. Sebrae-SP, Secovi- Sindicato da Habitação/SP.Prêmios:“Banespa Ecologia”, Rotary Ecologia e Instituto de Engenharia e Saneamento Ecologia. Atuação atual – Educação e proteção animalista com os projeto Gatos do Parque.. Programa Eta Mundo Animal, eocanal.com.net Radio Nossos Bichos.

domingo, 18 de março de 2018
quinta-feira, 15 de março de 2018
Outra história de vida que precisamos prometer que não será esquecida!!!!
Vivenciei como jornalista nas décadas de 70-80, a era de chumbo, das desigualdades sociais, do arbitrarismo covarde e da total supressão dos direitos humanos. Tenho triste memória deste episódio, no qual fiz cobertura como repórter: morto pela polícia militar em 1979, Santo Dias virou sinônimo da luta operária contra a desigualdade; quase 40 anos depois, uma pequena multidão ainda se reúne no local do crime para não deixar apagar a memória de Santo Dias. Esse pobre País perdeu brasileiros de coragem impar como Chico Mendes, Vladimir Herzog e tantos outros.
Agora a história lamentavelmente se repete, muitos lamentam mas infelizmente nada vai ser feito, porque não respiramos mesmo ares democráticos, a atmosfera é violenta e de ódio inexplicáveis. A morte da vereadora Marielle Franco traz à tona um risco tenebroso de um Brasil ditatorial e injusto.
O que me conforta é que ideários de Justiça Social renascem sempre e com mais força a cada canto do planeta e, neste Brasil, o grito por liberdade, igualdade e verdadeiramente JUSTIÇA, não será também calado ou tampouco sufocado. Até hoje, são colocados ao pé do túmulo de Santo Dias, rosas brancas e orações em nome da paz são feitas silenciosas. Quase quatro décadas depois do assassinato, a memória do lavrador que veio de Terra Roxa (SP), transformando-se depois em operário e lutador, ainda tira lágrimas de esperança de poucos. Em outubro de 1979, pouco depois da edição da Lei da Anistia, Santo era um dos líderes de uma greve que reunia cerca de seis mil metalúrgicos em São Paulo. Em uma panfletagem em frente à fábrica Sylvania, a polícia tentou prender alguns de seus colegas. Num momento de tensão, o PM Herculano Leonel o baleou pelas costas. Santo tinha então 37 anos. Deixou dois filhos e esposa. A morte do operário ajudou a fervilhar o clima pelo fim da ditadura. Dezenas de milhares de trabalhadores – alguns veículos citam 15 mil, outros 30 mil – compareceram ao velório de Santo Dias na Catedral da Sé, em 31 de outubro daquele mesmo ano. "Quase nada está certo nesta cidade, enquanto houver duas medidas: uma para o patrão, outra para o operário.", discursou Dom Paulo Evaristo Arns, presidindo a missa de corpo presente.Esse País não pode ter mais mártires, precisa ter Liberdade Democrática e não Libertinagem e falta de respeito humano. Uma lição inconteste ficou vinda de um simples: "ele sempre dizia que, se um dia faltássemos, era necessário que houvesse outras pessoas para continuar nosso trabalho.". E olha que são quase quatro décadas depois que Santo Dias se foi. Mesmo assim, as flores na lápide no cemitério de Campo Grande são as poucas rosas brancas de esperança infinda e tenho certeza, que um dia sem utopia,ainda, vão se espalhar pelos jardins da verdadeira Democracia Almejada por todos nós, autênticos brasileiros.Assim espero e assim um dia será!!!!
Agora a história lamentavelmente se repete, muitos lamentam mas infelizmente nada vai ser feito, porque não respiramos mesmo ares democráticos, a atmosfera é violenta e de ódio inexplicáveis. A morte da vereadora Marielle Franco traz à tona um risco tenebroso de um Brasil ditatorial e injusto.
O que me conforta é que ideários de Justiça Social renascem sempre e com mais força a cada canto do planeta e, neste Brasil, o grito por liberdade, igualdade e verdadeiramente JUSTIÇA, não será também calado ou tampouco sufocado. Até hoje, são colocados ao pé do túmulo de Santo Dias, rosas brancas e orações em nome da paz são feitas silenciosas. Quase quatro décadas depois do assassinato, a memória do lavrador que veio de Terra Roxa (SP), transformando-se depois em operário e lutador, ainda tira lágrimas de esperança de poucos. Em outubro de 1979, pouco depois da edição da Lei da Anistia, Santo era um dos líderes de uma greve que reunia cerca de seis mil metalúrgicos em São Paulo. Em uma panfletagem em frente à fábrica Sylvania, a polícia tentou prender alguns de seus colegas. Num momento de tensão, o PM Herculano Leonel o baleou pelas costas. Santo tinha então 37 anos. Deixou dois filhos e esposa. A morte do operário ajudou a fervilhar o clima pelo fim da ditadura. Dezenas de milhares de trabalhadores – alguns veículos citam 15 mil, outros 30 mil – compareceram ao velório de Santo Dias na Catedral da Sé, em 31 de outubro daquele mesmo ano. "Quase nada está certo nesta cidade, enquanto houver duas medidas: uma para o patrão, outra para o operário.", discursou Dom Paulo Evaristo Arns, presidindo a missa de corpo presente.Esse País não pode ter mais mártires, precisa ter Liberdade Democrática e não Libertinagem e falta de respeito humano. Uma lição inconteste ficou vinda de um simples: "ele sempre dizia que, se um dia faltássemos, era necessário que houvesse outras pessoas para continuar nosso trabalho.". E olha que são quase quatro décadas depois que Santo Dias se foi. Mesmo assim, as flores na lápide no cemitério de Campo Grande são as poucas rosas brancas de esperança infinda e tenho certeza, que um dia sem utopia,ainda, vão se espalhar pelos jardins da verdadeira Democracia Almejada por todos nós, autênticos brasileiros.Assim espero e assim um dia será!!!!
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