segunda-feira, 17 de junho de 2019




Mais de 13 milhões de árvores foram devastadas em apenas 30 dias do primeiro semestre deste ano. O avanço do crime ecológico sem precedentes aconteceu entre março e abril. Mais de 11 mil hectares foram desmatados sem autorização na porção mato-grossense da bacia do Xingu. A causa sinistra da destruição: Agropecuária irregular, morosidade na regularização ambiental e sensação de impunidade e permissividade.

É fácil perceber o crime ecológico. Só analisar imagens de satélite do Mato Grosso. Salta aos olhos até leigos as grandes manchas geométricas de cor marrom que se multiplicam mês a mês. Apenas entre março e abril 13.865 hectares de novas manchas, que correspondem ao desmatamento, surgiram na área da bacia do Xingu que incide sobre o Estado. O que não se pode ver via satélite é que 78% desse total, quase 11 mil hectares, foram florestas derrubadas ilegalmente e sem qualquer tipo de punição. Até agora, a ação deletéria equivale a 13 milhões de árvores, que foram dizimadas sem autorização na porção mato grossense da bacia. E esse quadro alarmante pode piorar com a chegada da estação da seca, quando os números de desmatamento tendem a crescer.
Em alguns municípios do Mato Grosso, como Canarana, Cláudia, Gaúcha do Norte, Peixoto de Azevedo e Querência, a taxa de desmatamento ilegal atingiu 100% no período analisado. Feliz Natal, ao leste da bacia, atingiu a marca de 68% de ilegalidade, mas foi o que mais desmatou em área: 1.572 hectares. Outra preocupação patente: o Ibama, responsável pelas ações de combate ao desmatamento, reduziu o número de autuações em 35 por cento, em comparação direta com o período de janeiro a maio do ano passado. O sinal vermelho da destruição já está aceso. É preciso fazer algo e o mais rápido possível, antes que seja tarde demais!!!!


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