Mais de 13 milhões
de árvores foram devastadas em apenas 30 dias do primeiro semestre deste ano. O
avanço do crime ecológico sem precedentes aconteceu entre março e abril. Mais
de 11 mil hectares foram desmatados sem autorização na porção mato-grossense da
bacia do Xingu. A causa sinistra da destruição: Agropecuária irregular,
morosidade na regularização ambiental e sensação de impunidade e permissividade.
É fácil perceber o crime ecológico. Só analisar imagens de satélite do Mato Grosso. Salta aos olhos até leigos as grandes manchas geométricas de cor marrom que se multiplicam mês a mês. Apenas entre março e abril 13.865 hectares de novas manchas, que correspondem ao desmatamento, surgiram na área da bacia do Xingu que incide sobre o Estado. O que não se pode ver via satélite é que 78% desse total, quase 11 mil hectares, foram florestas derrubadas ilegalmente e sem qualquer tipo de punição. Até agora, a ação deletéria equivale a 13 milhões de árvores, que foram dizimadas sem autorização na porção mato grossense da bacia. E esse quadro alarmante pode piorar com a chegada da estação da seca, quando os números de desmatamento tendem a crescer.
Em alguns municípios do Mato Grosso, como Canarana, Cláudia, Gaúcha do
Norte, Peixoto de Azevedo e Querência, a taxa de desmatamento ilegal atingiu
100% no período analisado. Feliz Natal, ao leste da bacia, atingiu a marca de
68% de ilegalidade, mas foi o que mais desmatou em área: 1.572 hectares. Outra
preocupação patente: o Ibama, responsável pelas ações de combate ao
desmatamento, reduziu o número de autuações em 35 por cento, em comparação
direta com o período de janeiro a maio do ano passado. O sinal vermelho da
destruição já está aceso. É preciso fazer algo e o mais rápido possível, antes
que seja tarde demais!!!!
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