Anderson França
Já chegamos a marca de sete bilhões
de habitantes, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). Os
desafios - de manutenção do planeta- ainda passam necessariamente pela redução
da desigualdade, aumento do acesso à educação e saúde e a obtenção urgente do
crescimento global sustentável. A Terra respira novos tempos e templos, é mais
plural, interligada na nova era dos Cliques. Mas, em geral, estamos longe do ideal, em termos de condição de vida à população mundial. Sobram disparidades
entre regiões e países desenvolvidos e em desenvolvimento, além de
discriminação étnica e de sexo.
O relatório da ONU
aponta que a população mundial está aumentando em velocidade acelerada. Há 2
mil anos, havia 300 milhões de pessoas no planeta, número que deve saltar para
10 bilhões em 2083. O documento mostra também que a população mundial nunca
esteve, ao mesmo tempo, tão jovem e tão velha. Isso porque, dos 7 bilhões de
pessoas, 43% (3,01 bilhões) têm menos de 25 anos. Enquanto isso, as pessoas que
têm mais de 60 anos, que eram 384 milhões em 1990, já somam 893 milhões de
pessoas e devem chegar a 2,4 bilhões até 2050.
O fenômeno, segundo o relatório, se deve ao aumento da
expectativa média de vida, que passou de 48 anos na década de 1950 para 69 anos
atualmente. "Essa marca (7 bilhões) mostra o sucesso da humanidade, porque
as pessoas estão tendo vidas mais longas e saudáveis, com menos mortalidade
infantil. Nunca houve tantos jovens. Mas o envelhecimento da população também
preocupa. O envelhecimento vai exigir mais investimentos dos governos em
políticas sociais, assim como maior inserção dos jovens no mercado de trabalho
para manter o mesmo nível de produtividade. Assim, segundo os especialistas,
essa questão cria um "mundo paradoxal", porque, nos países ricos, a
menor taxa de fecundidade significa menos gente ingressando no mercado de
trabalho. Isso é uma ameaça ao crescimento e ao sistema previdenciário. Na
mesma vértice, os países mais pobres ainda têm, em média, altas taxas de
nascimentos de crianças por cada mulher. E as altas taxas de fecundidade travam
o desenvolvimento. O relatório mostra de forma nítida uma relação entre desenvolvimento
econômico e a redução do crescimento populacional. Outro desafio atual aos
governos mundiais será a redução das desigualdades, além da necessidade de se
manter o crescimento e desenvolvimento sem exaurir os recursos naturais.
Somos sete bilhões de moradores nesta imensa morada, nosso Planeta Azul. A palavra preservação
ambiental deve estar em destaque na cartilha diária de nossas vidas e a teoria
de Gaia jamais poderá ser esquecida: estamos em constante troca-- nosso corpo
está sempre se renovando é o padrão que advém ou que emerge das estruturas mais
elementares, enfim, as características do todo, mais do que seus elementos
constituintes, que nos farão reconhecer um homem de outro homem, ou um homem de
um chimpanzé, uma sinfonia ou um poema das letras impressas numa folha de
papel. A Terra é um sistema vivo, auto-organizador. Este é o cerne da moderna
Teoria de Gaia (nome da antiga deusa grega pré-helênica que simbolizava a Terra
viva).
É preciso assim cada vez mais perceber o nosso planeta como
um todo integrado, um Holos extremamente belo, capaz de mudar concepções em favor da vida sistêmica e manter
o modo correto de relacionamento com a Terra.
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