“Devei na contemplação da
NATUREZA sempre considerar o uno como o todo”
O
que aconteceu em São Roque, a 59 quilômetros da cidade de SP, não é um caso
isolado. Outras empresas e até multinacionais, infelizmente, ainda usam animais
em seus experimentos e em diversas pesquisas biomédicas . É o preço da evolução,
justificam os predadores. Mas, na realidade dos fatos constitui-se no preço da
Involução...
O
Homem continua teimando na tecla de ser superior, quando na verdade também faz
parte do reino animal. E ,seu dever, por ser racional, seria de guardião, de
protetor confesso do meio em que vive, já que é produto deste próprio meio. Na
ótica filosófica e na contemplação correta da Natureza, Goethe, Johann Wolfgang von Goethe (ele foi um
escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência),o
Homem não divide, soma na sustentabilidade do Ecossistema e do próprio existencialismo do planeta. Dessa forma, como
renegar os ensinamentos do pensador alemão vindos do longínquo século XVIII,
sobre as Leis Naturais que precisam ser respeitadas?
Violentá-los
certamente em tempos hodiernos configuram autodestruição pura. Vilipendiar
seres vivos indefesos é covardia, crueldade sem limite, crime Lesa Natureza. Os
princípios internacionais para a pesquisa biomédica, International Guiding Principles for Biomedical
Research Involving Animals (CIOMS) - Genebra, 1985, envolvendo animais já falavam em substitutivos. Enalteciam
a preservação da própria vida, em qualquer situação em qualquer espécie, sejam
vindos da flora ou da fauna.
Seríamos
néscios e radicais se ignorássemos que o avanço do conhecimento biológico,
muitas vezes, requereu o uso de animais vivos de perfeita qualidade e de uma
larga variedade de espécies. Mas este tempo de mutilação, já pode e deve ser
página virada na própria História e nas Ciências Científicas.
Na
década de 90, as recomendações citavam
alternativos, métodos e princípios definidos por Russel y Burch. A dor e o
desconforto animal devem ser reduzidas e até eliminadas por experimentos
computadorizados ou in vitro. Mas o que vivenciamos é que o imperativo ético
continua sendo desrespeitado, o caso em questão de São Roque fere a harmonia do
reino animal. Talvez não macule as leis dos homens, mas amputa grandiosamente
as leis naturais, que são isonômicas e superiores. Isso acontece com
procedimentos que não levam em conta a percepção da dor em animais,
escondendo-se em práticas veterinárias de uso de agentes paralisantes, curare.
Experimentos com vertebrados precisam ser
abolidos no País, mesmo naqueles em que se produzam pequenos ou nenhum
desconforto.
É
preciso ressaltar a responsabilidade explícita e notória de explorar
alternativas, já que elas realmente existem em outros países, preocupados com o
destino da Natureza.
Basta
de privação prolongada de água e alimento de animais usados em laboratórios ; exposição ao calor ou frio excessivos;
privação de sono ou descanso; provação
deliberada de pânico;
choque
elétrico; lesão traumática violenta; provocação de queimaduras; bloqueio da
respiração ou circulação; privação prolongada de movimentos e mutilação grave
dos animais. Pensem sério no assunto,
para o nosso próprio bem...volto a citar o pensador alemão Johann
Wolfgang von Goethe: “devei na contemplação da NATUREZA sempre considerar o uno
como o todo. Nada está dentro, nada está fora, pois o que é interior é
exterior. Assim captais sem retardo o notório segredo santificado. Alegrai-vos
pela verdadeira luz, também pelo sério folguedo: nenhum ser vivo é um, é sempre
bem mais que um”...
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