sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Basta de Circo de Horrores

“Devei na contemplação da NATUREZA sempre considerar o uno como o todo”

O que aconteceu em São Roque, a 59 quilômetros da cidade de SP, não é um caso isolado. Outras empresas e até multinacionais, infelizmente, ainda usam animais em seus experimentos e em diversas pesquisas biomédicas . É o preço da evolução, justificam os predadores. Mas, na realidade dos fatos constitui-se no preço da Involução...

O Homem continua teimando na tecla de ser superior, quando na verdade também faz parte do reino animal. E ,seu dever, por ser racional, seria de guardião, de protetor confesso do meio em que vive, já que é produto deste próprio meio. Na ótica filosófica e na contemplação correta da Natureza, Goethe, Johann Wolfgang von Goethe (ele foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência),o Homem não divide, soma na sustentabilidade do Ecossistema e do próprio existencialismo do planeta. Dessa forma, como renegar os ensinamentos do pensador alemão vindos do longínquo século XVIII, sobre as Leis Naturais que precisam ser respeitadas?

Violentá-los certamente em tempos hodiernos configuram autodestruição pura. Vilipendiar seres vivos indefesos é covardia, crueldade sem limite, crime Lesa Natureza. Os princípios internacionais para a pesquisa biomédica, International Guiding Principles for Biomedical Research Involving Animals (CIOMS) - Genebra, 1985, envolvendo animais já falavam em substitutivos. Enalteciam a preservação da própria vida, em qualquer situação em qualquer espécie, sejam vindos da flora ou da fauna.
Seríamos néscios e radicais se ignorássemos que o avanço do conhecimento biológico, muitas vezes, requereu o uso de animais vivos de perfeita qualidade e de uma larga variedade de espécies. Mas este tempo de mutilação, já pode e deve ser página virada na própria História e nas Ciências Científicas.

Na década de 90, as recomendações citavam alternativos, métodos e princípios definidos por Russel y Burch. A dor e o desconforto animal devem ser reduzidas e até eliminadas por experimentos computadorizados ou in vitro. Mas o que vivenciamos é que o imperativo ético continua sendo desrespeitado, o caso em questão de São Roque fere a harmonia do reino animal. Talvez não macule as leis dos homens, mas amputa grandiosamente as leis naturais, que são isonômicas e superiores. Isso acontece com procedimentos que não levam em conta a percepção da dor em animais, escondendo-se em práticas veterinárias de uso de agentes paralisantes, curare.

 Experimentos com vertebrados precisam ser abolidos no País, mesmo naqueles em que se produzam pequenos ou nenhum
desconforto.

É preciso ressaltar a responsabilidade explícita e notória de explorar alternativas, já que elas realmente existem em outros países, preocupados com o destino da Natureza.

Basta de privação prolongada de água e alimento de animais usados em laboratórios ;  exposição ao calor ou frio excessivos; privação de sono ou descanso;  provação deliberada de pânico;

choque elétrico; lesão traumática violenta; provocação de queimaduras; bloqueio da respiração ou circulação; privação prolongada de movimentos e mutilação grave dos animais. Pensem sério no assunto,  para o nosso próprio bem...volto a citar o pensador alemão Johann Wolfgang von Goethe: “devei na contemplação da NATUREZA sempre considerar o uno como o todo. Nada está dentro, nada está fora, pois o que é interior é exterior. Assim captais sem retardo o notório segredo santificado. Alegrai-vos pela verdadeira luz, também pelo sério folguedo: nenhum ser vivo é um, é sempre bem mais que um”... 

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