sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Paz e Harmonia na Educação Brasileira


 
Anderson França
 
Começo essas mal traçadas desta semana com dois tópicos futuristas sobre a Educação nossa de cada dia. Primeiro ítem: Valente mesmo é quem não briga". Esse é o tema da campanha nacional “Conte até 10”, que o Ministério Público vai realizar nas escolas do país. O objetivo é reduzir a violência entre os jovens. Quatro temas básicos serão discutidos em sala de aula: valorização da vida, direitos e deveres dos adolescentes, violência nas escolas e bullying. Um detalhe contribuiu muito para levar a campanha para as escolas do ensino médio: de acordo com o Conselho, 40% dos jovens brasileiros, entre 15 e 24 anos, que morreram este ano, foram assassinados. Parabéns MP. Paz também nas escolas hoje e sempre!!!!!
Segundo ítem: sou obrigado a uma vez lamentar notícias que ressaltam e comprovam a qualidade deficitária de Ensino no País: meu descontentamento tem base em  informações, que causam consternação e estarrecimento àqueles que sempre lutaram pela melhoria no Ensino Nacional. Com base na pesquisa Idosos no Brasil, divulgada pela Fundação Perseu Abramo, ficamos cientes que 92%, dos idosos possuem alguma fonte de renda e contribuem para as despesas da casa. Cerca de 71% deles (88% dos idosos homens e 58% das idosas), inclusive, se dizem chefes da família onde vivem. São homens e mulheres que contribuíram bastante para o crescimento do País, e, na verdade, hoje, deveriam estar desfrutando de uma aposentadoria saudável e recompensadora.
 
Entretanto, ao contrário, ainda levam nas costas a árdua, responsabilidade de Chefes de Família. Também neste quadro, o poder aquisitivo contrasta com a baixa escolaridade, já que 49% deles são classificados como analfabetos funcionais. 
 
Nesta mais nova confirmação da Baixa Escolaridade, a pesquisa em questão mostrou que 89% dos idosos não passaram da 8ª série do ensino Fundamental (18% não tiveram nenhuma educação formal) e apenas 4% chegaram ao ensino Superior, mesmo que não tenham completado. Cerca de 49% deles são analfabetos funcionais (entre a população mais jovem esse índice é de apenas 13%). 
Desses, 23% disseram não saber ler e escrever, 4% afirmam só saber ler e escrever o próprio nome e 22% consideram a leitura e a escrita atividades penosas, seja por deficiência de aprendizado (14%), por problemas de saúde (7%) ou por ambos motivos (2%). 
 
É lamentável que o Brasil que vem excluindo a Juventude de um Ensino Digno, também, comprovadamente, o faça com os Jovens Senhores e Senhoras da Terceira Idade. Assim, ressalto a importância, uma vez mais de investir integralmente na Educação, para o Bem Geral da Nação. Educação é a pedra basilar do Nosso Futuro. Aproveito a oportunidade, para enaltecer o trabalho de várias Rádios espalhadas pelo País, pelas campanhas educativas em nome deste front educacional. E, faço o mesmo, em relação a essas emissoras, que também brilhantemente marcam presença em nome da Cidadania e Justiça Social. Lembro uma vez mais: a luta por uma Educação Adequada continua, em nome do Futuro do Brasil, em nome da nossa própria Cidadania e, em nome dos nossos filhos e nossos netos.  Termino... essas mal traçadas desta semana com desejos futuristas para a Educação nossa de cada dia: que venham paz, harmonia e sabedoria, para um AMANHÃ MELHOR PARA TODOS NÓS!!!!



sábado, 26 de outubro de 2013

A Terra pulsa e vive intensa com sete bilhões de artérias


Anderson França

Já chegamos a marca de sete bilhões de habitantes, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). Os desafios - de manutenção do planeta- ainda passam necessariamente pela redução da desigualdade, aumento do acesso à educação e saúde e a obtenção urgente do crescimento global sustentável. A Terra respira novos tempos e templos, é mais plural, interligada na nova era dos Cliques. Mas, em geral,  estamos longe do ideal, em termos de  condição de vida à população mundial. Sobram disparidades entre regiões e países desenvolvidos e em desenvolvimento, além de discriminação étnica e de sexo.
O  relatório da ONU aponta que a população mundial está aumentando em velocidade acelerada. Há 2 mil anos, havia 300 milhões de pessoas no planeta, número que deve saltar para 10 bilhões em 2083. O documento mostra também que a população mundial nunca esteve, ao mesmo tempo, tão jovem e tão velha. Isso porque, dos 7 bilhões de pessoas, 43% (3,01 bilhões) têm menos de 25 anos. Enquanto isso, as pessoas que têm mais de 60 anos, que eram 384 milhões em 1990, já somam 893 milhões de pessoas e devem chegar a 2,4 bilhões até 2050.
O fenômeno, segundo o relatório, se deve ao aumento da expectativa média de vida, que passou de 48 anos na década de 1950 para 69 anos atualmente. "Essa marca (7 bilhões) mostra o sucesso da humanidade, porque as pessoas estão tendo vidas mais longas e saudáveis, com menos mortalidade infantil. Nunca houve tantos jovens. Mas o envelhecimento da população também preocupa. O envelhecimento vai exigir mais investimentos dos governos em políticas sociais, assim como maior inserção dos jovens no mercado de trabalho para manter o mesmo nível de produtividade. Assim, segundo os especialistas, essa questão cria um "mundo paradoxal", porque, nos países ricos, a menor taxa de fecundidade significa menos gente ingressando no mercado de trabalho. Isso é uma ameaça ao crescimento e ao sistema previdenciário. Na mesma vértice, os países mais pobres ainda têm, em média, altas taxas de nascimentos de crianças por cada mulher. E as altas taxas de fecundidade travam o desenvolvimento. O relatório mostra de forma nítida uma relação entre desenvolvimento econômico e a redução do crescimento populacional. Outro desafio atual aos governos mundiais será a redução das desigualdades, além da necessidade de se manter o crescimento e desenvolvimento sem exaurir os recursos naturais.
Somos sete bilhões de moradores nesta imensa morada,  nosso Planeta Azul. A palavra preservação ambiental deve estar em destaque na cartilha diária de nossas vidas e a teoria de Gaia jamais poderá ser esquecida: estamos em constante troca-- nosso corpo está sempre se renovando é o padrão que advém ou que emerge das estruturas mais elementares, enfim, as características do todo, mais do que seus elementos constituintes, que nos farão reconhecer um homem de outro homem, ou um homem de um chimpanzé, uma sinfonia ou um poema das letras impressas numa folha de papel. A Terra é um sistema vivo, auto-organizador. Este é o cerne da moderna Teoria de Gaia (nome da antiga deusa grega pré-helênica que simbolizava a Terra viva).
É preciso assim cada vez mais perceber o nosso planeta como um todo integrado, um Holos extremamente belo, capaz de mudar  concepções em favor da vida sistêmica e manter o modo correto de relacionamento com a Terra.

De certa forma, realizar assim o resgate da idéia muito antiga da Terra como um organismo vivo, como o verdadeiro milagre. A Terra pulsa e vive intensa com sete bilhões de artérias



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Basta de Circo de Horrores

“Devei na contemplação da NATUREZA sempre considerar o uno como o todo”

O que aconteceu em São Roque, a 59 quilômetros da cidade de SP, não é um caso isolado. Outras empresas e até multinacionais, infelizmente, ainda usam animais em seus experimentos e em diversas pesquisas biomédicas . É o preço da evolução, justificam os predadores. Mas, na realidade dos fatos constitui-se no preço da Involução...

O Homem continua teimando na tecla de ser superior, quando na verdade também faz parte do reino animal. E ,seu dever, por ser racional, seria de guardião, de protetor confesso do meio em que vive, já que é produto deste próprio meio. Na ótica filosófica e na contemplação correta da Natureza, Goethe, Johann Wolfgang von Goethe (ele foi um escritor alemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência),o Homem não divide, soma na sustentabilidade do Ecossistema e do próprio existencialismo do planeta. Dessa forma, como renegar os ensinamentos do pensador alemão vindos do longínquo século XVIII, sobre as Leis Naturais que precisam ser respeitadas?

Violentá-los certamente em tempos hodiernos configuram autodestruição pura. Vilipendiar seres vivos indefesos é covardia, crueldade sem limite, crime Lesa Natureza. Os princípios internacionais para a pesquisa biomédica, International Guiding Principles for Biomedical Research Involving Animals (CIOMS) - Genebra, 1985, envolvendo animais já falavam em substitutivos. Enalteciam a preservação da própria vida, em qualquer situação em qualquer espécie, sejam vindos da flora ou da fauna.
Seríamos néscios e radicais se ignorássemos que o avanço do conhecimento biológico, muitas vezes, requereu o uso de animais vivos de perfeita qualidade e de uma larga variedade de espécies. Mas este tempo de mutilação, já pode e deve ser página virada na própria História e nas Ciências Científicas.

Na década de 90, as recomendações citavam alternativos, métodos e princípios definidos por Russel y Burch. A dor e o desconforto animal devem ser reduzidas e até eliminadas por experimentos computadorizados ou in vitro. Mas o que vivenciamos é que o imperativo ético continua sendo desrespeitado, o caso em questão de São Roque fere a harmonia do reino animal. Talvez não macule as leis dos homens, mas amputa grandiosamente as leis naturais, que são isonômicas e superiores. Isso acontece com procedimentos que não levam em conta a percepção da dor em animais, escondendo-se em práticas veterinárias de uso de agentes paralisantes, curare.

 Experimentos com vertebrados precisam ser abolidos no País, mesmo naqueles em que se produzam pequenos ou nenhum
desconforto.

É preciso ressaltar a responsabilidade explícita e notória de explorar alternativas, já que elas realmente existem em outros países, preocupados com o destino da Natureza.

Basta de privação prolongada de água e alimento de animais usados em laboratórios ;  exposição ao calor ou frio excessivos; privação de sono ou descanso;  provação deliberada de pânico;

choque elétrico; lesão traumática violenta; provocação de queimaduras; bloqueio da respiração ou circulação; privação prolongada de movimentos e mutilação grave dos animais. Pensem sério no assunto,  para o nosso próprio bem...volto a citar o pensador alemão Johann Wolfgang von Goethe: “devei na contemplação da NATUREZA sempre considerar o uno como o todo. Nada está dentro, nada está fora, pois o que é interior é exterior. Assim captais sem retardo o notório segredo santificado. Alegrai-vos pela verdadeira luz, também pelo sério folguedo: nenhum ser vivo é um, é sempre bem mais que um”... 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Litoral Norte agradece a criação de um Novo Santuário


O Universo conspira sim... sempre a favor da Natureza!!!.

Coincidência dos astros... fez com que bem no início da Primavera, véspera do Dia de São Francisco- Dia Internacional dos Animais e dia da Natureza- Ela a Mãe-Natureza ganhasse um belo presente dos pobres seres mortais. Trata-se de uma nova Área de Preservação Ambiental – APA- com mais de um milhão e três mil metros quadrados.

O novo santuário ecológico fica entre as praias da Baleia e Barra do Sahy, de encantos e cantos memoráveis a poetas, naturistas e amantes da Natureza como o Rochedo do Canto Bravo, de praia de areia branca e águas claras e límpidas, fincado  na costa sul de São Sebastião, no Litoral Norte.

O Novo Paraíso, por lei e determinação de Homens de Bem, vai preservar o Meio Ambiente, fauna e flora nativas, além de movimentar o turismo ecológico e a economia artesanal da região. A área é formada por um corredor de mangues e matas - nativa e ciliar- que serão daqui em diante protegidas pelo município.

É tempo de brindar incessantemente a conquista. Parabéns para a Prefeitura de São Sebastião, aos ambientalistas do Norte e, principalmente, a bióloga Maria Fernanda Carbonelli, da ONG Movimento Preserve o Litoral Norte.


É de fato um projeto ambiental digno de comemoração e festa azul na floresta. A região é habitat de quase 90 espécies de animais- 14 delas que já estavam ameaçadas de extinção.

No santuário, não será mais possível construir imóveis nem praticar a pesca profissional. Apenas as construções antigas, às margens do rio Sahy serão mantidas. A próxima etapa será desenvolver projeto adequado de uso do espaço. Uma vez mais, gratidão eterna a todos os envolvidos, na moldura de proteção ambiental deste magnífico pedacinho de Éden. A Mata Atlântica, penhorada agradece. Ela é um tesouro inigualável para o Estado de São Paulo. E para aqueles que não acreditam em magia dos Entes das Florestas e ação dos Elementais... fica aqui no ar um belo exemplo. Aliás, não podemos nos esquecer que também, nós - a raça humana - fazemos parte do Reino Animal:  do equilíbrio, da paz, do destino  e do próprio futuro e  harmonia do Ecossistema, da Natureza...
O
E por falar em equilíbrio e espiritualidade ...vou abrir o baú do meu lado esotérico: consta da tradição irlandesa,  rica em estórias e lendas de duendes e gnomos, que  esses pequenos seres elementais  gostam de habitar o ponto central das florestas. E, estrategicamente embrenhados, cuidam da vegetação rasteira e, ao mesmo tempo, zelam incansáveis pelas árvores seculares. Diz a lenda que os duendes e os gnomos preferem morar no interior dos Azinheiros, árvore típica cujo fruto é a azinha. Coincidência ou não, essa fruta ao ser cortada no meio forma, na sua textura, um desenho que lembra a figura de mosteiros...
Lenda ou não...somos apenas espécie de anjos terrestres, devas de uma única asa,  sentindo falta da nossa outra Asa, que não foi perdida, mas esquecida em algum ponto de luz, em algum lugar do Universo. Chegou a hora e o momento, o tempo exato, para colocarmos em prática a fluidez dos Poderosos e Tenros Princípios Celestiais. Vocês já pararam para pensar nesta responsabilidade com a Terra e o Próprio Cosmos. Eternidade sempre esteve e estará dentro de Nós. Estaremos apenas nos encontrando na Mesma Praia de Calmaria. Somos a Responsabilidade de uma mesma Energia Branca e Alva, partilhando e sentindo a cada segundo a Mesma Força, a Nova e Antiga Força Atlantis do Amor Universal. Que assim seja e assim será!!!.  
 

sábado, 28 de setembro de 2013

INEZITA BARROSO Honoris Causa em Folclore


Blog do Jornalista Anderson França-Entrevista


Com 88 anos de idade, Inezita Barroso, Ignez Magdalena Aranha de Lima, seu nome de batismo, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana tem um coração 100 por cento caipira. É defensora  das tradições populares e enciclopédia viva da música regional, abnegação que lhe rendeu inclusive o título de doutora Honoris Causa em Folclore pela Universidade de Lisboa.

A primeira-dama da música regional, a cantora Inezita Barroso, que iniciou sua trajetória em 1953, já ultrapassou a marca de 58 anos de carreira e de 80 discos gravados. Com o primeiro disco, vieram também os primeiros sucessos: o clássico samba Ronda, de Paulo Vanzolini e a Moda da Pinga, de Ochelsis Laureano e Raul Torres, que se tornou a mais célebre das interpretações.  Apresenta, há 31 anos, o programa "Viola, Minha Viola" na TV Cultura. Canta desde os sete anos de idade e também foi atriz de cinema, tendo recebido o Prêmio Saci, um dos mais importantes da época. Na tevê, sua carreira começou junto com a Record de Paulo Machado de Carvalho, o saudoso Marechal da Vitória, onde foi a primeira cantora contratada. Depois passou pela Tupi e outras emissoras, até chegar à Cultura para comandar o Viola, Minha Viola, onde permanece até os dias atuais. Com dezenas de álbuns em sua carreira, continua inovando,  descarta as grandes gravadoras e lança discos independentes, como seu mais recente trabalho, Sonho de Caboclo.

Faz shows por todo o Brasil e até 2009 deu aulas – na Cadeira de Tradições Brasileiras- em duas universidades paulistas. Senhoras e senhores com vocês, Inezita Barroso, Honoris Causa em Folclore.
  
Inezita Barroso voz de contralto perfeita
a serviço da música regional há mais de 60 anos.

  
Inezita Barroso o amor pelo Folclore vem desde cedo?

Inezita- Nasci no bairro da Barra Funda, na zona Oeste de São Paulo, na rua Lopes de Oliveira, bem pertinho da casa de Mário de Andrade, na “Paulicéia Desvairada”. Desde criança me apaixonei pelo nosso riquíssimo Folclore. O compositor Raul Torres ( A Moda da Pinga) era colega de meu pai na estrada de ferro Sorocabana, ia com freqüência à minha casa, onde cantava quando fazia aniversário. Além dessas mencionadas visitas, tinha admiração por Mario de Andrade – que morava vizinho à casa de minha tia. Conheci desde cedo as autênticas modas de viola cantadas por colonos das fazendas de meus tios .

- Inezita, além desse primeiro contato com a música regional o que a levou a trilhar esse caminho. Como foi sua estréia no Universo Caipira?

Inezita- Tenho formação universitária- Biblioteconomia -mas o amor às nossas tradições sempre falou mais alto. Estudei Canto, Piano e Violão na infância e minha estréia profissional se deu em 1950, na Rádio Bandeirantes a convite de Evaldo Rui. Participei também da transmissão inaugural da TV Tupi, canal 3, em 1950 (no mesmo evento, a dupla Tonico e Tinoco também havia participado apresentando a música "Pé de Ipê" (Tonico - Tinoco) e trabalhei como cantora exclusiva da Rádio Nacional de São Paulo, transferindo-se mais tarde para a Rádio Record. Participei de seis filmes do nosso cinema na década de 50, inclusive na  extinta Vera Cruz. Ganhei prêmios como melhor cantora do rádio, por grandes sucessos tais como "Moda da Pinga" (Ochelsis Laureano - Raul Torres) e "Lampião de Gás" (Zica Bergami). Nesta mesma época era considerada "Musa Cult" da "Intelectualidade Urbana".


- Quando começou a dedicação ao folclore. Foi após os primeiros sucessos como cantora, principalmente, Moda da Pinga e Lampião de Gás?

Inezita- Depois da fase de minha careira, passei a me dedicar também ao estudo e resgate do Folclore Brasileiro, realizando gravações e ministrando cursos com o objetivo de divulgar esse tipo de Cultura Musical.  "O Folclore é vivo, é mutante, e as modificações ocorrem na poesia, nas letras, nos instrumentos. Então, se um cara fazia Viola a canivete, lá no quintal da casa dele, a gente admite que compre uma Viola maravilhosa, moderna, com um som aprimorado, né? Agora, inadmissível, são coisas que acontecem nesse terreno, que não têm limite: Eu soube que em Minas tem uma Folia de Reis que sai com gravador e o pessoal "dublando" atrás. É indecente demais pra mim. "
"... não é que eu não goste, mas eles quebraram aquela unidade caipira. Então dali pra cá começaram a aparecer as duplas ditas modernas, né? Criou-se nesse momento, não uma inimizade, mas uma prevenção contra esse tipo de música. Os caipiras resolveram se unir, porque não havia mais lugar para eles, eles estavam indo embora, pro interior. "

Você sempre teve o nome ligado à vanguarda e lutou contra preconceitos?
Inezita- Lutei e venci. Houve exigências do mercado fonográfico que, na maioria das vezes, têm deturpado o verdadeiro valor da nossa Boa Música Brasileira. Enfrentei de frente o "preconceito machista": era jovem, bonita da alta sociedade paulistana e nas décadas de 20, 30 e 40 São Paulo era ainda bem provinciana) e não aceitava, em princípio, uma mulher cantando e tocando ao violão as músicas do nosso rico Folclore! Mas não me deixei abater.. cheguei a interpretar até mesmo árias de óperas como "Carmen" de Georges Bizet, mas, "apenas em família". Mas, meu gosto musical, minha verdadeira paixão, sempre esteve "nas estradas de terra" rumo às mais remotas manifestações musicais desse nosso Brasil tão imenso!!

Houve resistência ao seu trabalho nas emissoras de rádio?
Inezita- Desnecessário dizer que, no início, também enfrentei resistência nos ambientes das emissoras de rádio e também das gravadoras, eram outros tempos de uma São Paulo calma e serena, que era pequena, mas grande demais...", onde já se sentia saudade do "Lampião de Gás" (a belíssima música de Zica Bergami que o diga...), mas ainda era a "Velha São Paulo Quatrocentona.
Inezita, você produziu um documentário sobre nossas raízes e levou para o outro lado do mundo, Japão?

Inezita- Foi em 1970. O documentário  representou o Brasil na Expo-70, no Japão. Também produzi diversos documentários e programas para a TV de um modo geral, tendo viajado pelo Mundo inteiro com esse Repertório Folclórico. Fiz programas especiais para o Uruguai, Paraguai, Estados Unidos, Israel, França, Itália e até mesmo para a União Soviética. Gravei mais de 70 discos entre os "bolachões 78 rpm", LP's e CD's.

- E o Viola Minha Viola, tem um carinho especial e um pedaço importante em seu coração?
Inezita- Continuo apresentando na TV Cultura de São Paulo o Programa Viola Minha Viola ("Êta Programa que eu gosto!!"), que existe desde 1980 e é o mais antigo programa do gênero na Televisão Brasileira. Ele é transmitido em rede para todo o Brasil.  Vai ao ar nas noites de sábado com reprise nas manhãs de domingo.  
Inezita Barroso é considerada a maior autoridade em folclore brasileiro. E o trabalho de pesquisa do Folclore?
Inezita – Ainda é intenso. O trabalho de pesquisa do Folclore  se desenvolve por diversos Estados Brasileiros. Faço palestras sobre o tema e ministro diversos cursos sobre Folclore para Secretarias Municipais de Cultura e também para a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Poucos sabem, mas sou Professora de Folclore Brasileiro e História da Música Popular Brasileira. Continuo na estrada, fazendo shows pelo Interior e Capitais.
Depois de tanta disposição DEMONSTRADA, Inezita Barroso só nos resta lhe dar parabéns pela história de vida e dedicação a nossa música regional. E para o  apreciador desse seu trabalho maravilhoso deixar o convite para visitar o site oficial : www.inezitabarroso.com.br  Vale a pena conferir  fotos de diversos momentos de sua carreira, agenda de shows e deliciosas Receitas Caipiras!  Parabéns, Inezita!! Parabéns pelo "Viola Minha Viola" e por defender a nossa autêntica Música Raiz!! 
Contato para shows:
(11) 3221-0727
(11) 3221-4017
(11) 3337-7309
(11) 9601-3653
e-mail: falecom@inezitabarroso.com.br






quarta-feira, 25 de setembro de 2013

NOVO SANTUÁRIO ECOLÓGICO NO LITORAL NORTE

A Natureza ganhou um belo Presente neste início de Primavera- Uma área de proteção ambiental com mais de um milhão de metros quadrados no Litoral Norte.
confira no link nessa reportagem feita na Rádio Iguatemi, Eu e Silesius Toledo. A natureza penhorada agradece!!!!
http://www.recantodasletras.com.br/audios/entrevistas/57737

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Floradas do Tietê-

Crônicas da Cidade

Véspera de Primavera... 2013, setembro. E a música dos Titãs: “O Acaso Vai Me Proteger” toca na programação da Rádio Iguatemi AM/SP. Estou concentrado no noticiário que vai ao ar de hora em hora. Nem percebo a chegada de bons e queridos amigos.  Luciana Freitas e Mario Mantovani -SOS Mata Atlântica- Eles vão participar do Programa Show do Figueiredo. A visita inesperada transporta-me imediatamente no tempo e no espaço. É dia do Rio Tietê!!!

Acredito em acaso. Acredito em lugar certo na hora certa. Acredito em coincidências que mudam de vez nossas vidas  e a própria caminhada da humanidade. A magia do acaso é simplesmente transformação divina. Ela interioriza o espírito, ouve o que não se diz. É capaz de ver na escuridão da noite. O corpo etérico de toda forma de Natureza é, na realidade, parte integral da Substância do Próprio Deus. Foi assim, que juntos ao soprar do Acaso...na esteira do tempo, pulsamos em energia! Eu, Luciana e Mantovani expressamos o regresso!!!Estacionamos nas ondas do rádio, em setembro de 1990.
A Rádio Nova Eldorado AM faz programa especial ao vivo, com dois repórteres: um, da própria emissora,  em São Paulo, navegando pelo Rio Tietê. Outro, José Carlos Santana, do serviço da emissora de rádio britânica British Broadcasting Corporation-BBC- navegando nas águas límpidas e despoluídas do Rio Tamisa de Londres, na Inglatera. Vem 1992. Surge em cena Teimoso, um jacaré  de-papo-amarelo. O animal carismático ganha a mídia se transforma em símbolo, a chamar a atenção do público para a situação agônica do rio.
Não poderíamos imaginar na época a presença de um ser vivo nas águas fétidas e escuras. Teimoso é um agradável fator do acaso, surpresa que causa comoção popular. Resultado: um milhão e duzentas mil assinaturas coletadas rapidamente, pedindo a despoluição do Tietê, transformando o projeto, o Projeto Tietê, no maior de recuperação ambiental do país. A participação do Zé Carlos Santana abordava a recuperação do rio Tamisa, do sul da Inglaterra, que banha Oxford e Londres e deságua no mar do Norte. Lembro bem dos detalhes: informações, dados, despoluição, características da foz do rio, Geografia  e histórico dos tempos do 'Grande Fedor' – como o Tamisa ficou conhecido em 1858, quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do mau cheiro.
O start do mestre-jornalista Marco Antonio Gomes, de toda a equipe do Jornal do Meio Ambiente, Neuza Serra, Marco Antonio Sabino, Sergio Leopoldo Rodrigues ... acendeu  a lâmpada da idéia de como conduzir uma campanha para salvar o nosso Rio Tietê. No caso do Tamisa, foram quase 150 anos de investimento na despoluição das águas.
Bilhões de libras mais tarde, remadores, velejadores e até pescadores voltaram a usar o rio, que hoje registra 121 espécies de peixe em suas águas.
A infra-estrutura construída na época, permanece até hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das várias melhorias ao longo dos anos.
Com esse DNA londrino... nasceu a campanha para salvar o nosso Rio Tietê. O projeto entra na terceira fase, mais de dois bilhões de reais já foram investidos.
Zeloso, Mario Mantovani conta-me que não houve desvio de verbas nesta trajetória de 20 anos. Talvez dez ou mais vinte anos para o Tietê respirar como o Tamisa.É véspera de mais uma Primavera.  O Acaso Vai  Nos Proteger em meio as floradas do amanhã de um rio - que em tupi-guarani  significa rio por excelência- Rio Tietê.  
Luciana e Mario deixam os estúdios da Rádio Iguatemi. Nos espedimos... sem querer, novamente por Acaso, percebo em um canto perdido de minha mesa o  livro O Peregirno Querubínico- Cherubinischen Wandersmann- de Angelus Silesius. “Aquele que interiorizou seu espírito ouve o que não se diz e vê na escuridão da noite”....


Floradas do Tietê

Crônicas da Cidade-Floradas do Tietê Anderson França
 Véspera de Primavera... 2013, setembro. E a música dos Titãs: “O Acaso Vai Me Proteger” toca na programação da Rádio Iguatemi AM/SP. Estou concentrado no noticiário que vai ao ar de hora em hora. Nem percebo a chegada de bons e queridos amigos.  Luciana Freitas e Mario Mantovani -SOS Mata Atlântica- Eles vão participar do Programa Show do Figueiredo. A visita inesperada transporta-me imediatamente no tempo e no espaço. É dia do Rio Tietê!!!
 Acredito em acaso. Acredito em lugar certo na hora certa. Acredito em coincidências que mudam de vez nossas vidas  e a própria caminhada da humanidade. A magia do acaso é simplesmente transformação divina. Ela interioriza o espírito, ouve o que não se diz. É capaz de ver na escuridão da noite. O corpo etérico de toda forma de Natureza é, na realidade, parte integral da Substância do Próprio Deus. Foi assim, que juntos ao soprar do Acaso...na esteira do tempo, pulsamos em energia! Eu, Luciana e Mantovani expressamos o regresso!!!Estacionamos nas ondas do rádio, em setembro de 1990.A Rádio Nova Eldorado AM faz programa especial ao vivo, com dois repórteres: um, da própria emissora,  em São Paulo, navegando pelo Rio Tietê. Outro, José Carlos Santana, do serviço da emissora de rádio britânica British Broadcasting Corporation-BBC- navegando nas águas límpidas e despoluídas do Rio Tamisa de Londres, na Inglatera. Vem 1992. Surge em cena Teimoso, um jacaré  de-papo-amarelo. O animal carismático ganha a mídia se transforma em símbolo, a chamar a atenção do público para a situação agônica do rio.
Não poderíamos imaginar na época a presença de um ser vivo nas águas fétidas e escuras. Teimoso é um agradável fator do acaso, surpresa que causa comoção popular. Resultado: um milhão e duzentas mil assinaturas coletadas rapidamente, pedindo a despoluição do Tietê, transformando o projeto, o Projeto Tietê, no maior de recuperação ambiental do país. A participação do Zé Carlos Santana abordava a recuperação do rio Tamisa, do sul da Inglaterra, que banha Oxford e Londres e deságua no mar do Norte. Lembro bem dos detalhes: informações, dados, despoluição, características da foz do rio, Geografia  e histórico dos tempos do 'Grande Fedor' – como o Tamisa ficou conhecido em 1858, quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do mau cheiro.
O start do mestre-jornalista Marco Antonio Gomes, de toda a equipe do Jornal do Meio Ambiente, Neuza Serra, Marco Antonio Sabino, Sergio Leopoldo Rodrigues ... acendeu  a lâmpada da idéia de como conduzir uma campanha para salvar o nosso Rio Tietê. No caso do Tamisa, foram quase 150 anos de investimento na despoluição das águas.Bilhões de libras mais tarde, remadores, velejadores e até pescadores voltaram a usar o rio, que hoje registra 121 espécies de peixe em suas águas.A infra-estrutura construída na época, permanece até hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das várias melhorias ao longo dos anos.Com esse DNA londrino... nasceu a campanha para salvar o nosso Rio Tietê. O projeto entra na terceira fase, mais de dois bilhões de reais já foram investidos.Zeloso, Mario Mantovani conta-me que não houve desvio de verbas nesta trajetória de 20 anos. Talvez dez ou mais vinte anos para o Tietê respirar como o Tamisa.É véspera de mais uma Primavera.  O Acaso Vai  Nos Proteger em meio as floradas do amanhã de um rio - que em tupi-guarani  significa rio por excelência- Rio Tietê.  Luciana e Mario deixam os estúdios da Rádio Iguatemi. Nos espedimos... sem querer, novamente por Acaso, percebo em um canto perdido de minha mesa o  livro O Peregirno Querubínico- Cherubinischen Wandersmann- de Angelus Silesius. “Aquele que interiorizou seu espírito ouve o que não se diz e vê na escuridão da noite”....
 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Kyrie de Angelis.


Queria estar novamente atrás do brilho das montanhas, em cantos gregorianos, quando do suave pôr-do-sol, na concepção que não se concebe, no apenas Kyrie de Angelis que se percebe!!!
E na mistura que não se mistura do vermelhão,
Imensidão de ruflar de asas e vozes sagradas, ao passar do violeta  ao azular do Arcanjo Miguel, que vêm e vão além... em Raphael, Gabriel e Uriel, além do anoitecer, além do próprio Céu...

Queria poder ver novamente o abrir renitente, inocente deste véu, assim como se abre o arco- íris em liturgia de outras vidas.

Como se abrem pétalas de rosas douradas e imantadas em cantigas amigas, serenas, crísticas, altivas e sem medo de voar.

Kyrie Eleison, Queria ultrapassar o sonho e colher o vento...

E apenas no Raio Azul parar, planar nos quatro cantos, Leste, Oeste, Norte e Sul...

E, na poeira cósmica do tempo, meditar.Ver o que pensamos que não se pode ver, apenas queria o carinho de querer...e poder guardar a eternidade deste exato momento...

Queria fluir em formas angelicais. Ter certeza que não estou sozinho e se entorpecer do fim de tarde do Coração Sagrado à beira mar.

Queria me alinhar no sopro divino que só o coração e a intuição concebem ao espreguiçar dos trigais,  que só os anjos percebem.

Queria hinos que não se ouvem, apenas se escutam no cair de todas as tardes, e ao silenciar, estar onde pensamos que não se pode estar.


Queria soltar a voz, sem mexer os lábios, medir a imensidão em descompasso de astrolábios. Queria o som de violinos, tocá-los sem tê-los.
E poder vê-los novamente, quietos, estagnados, em reverência ao Pai. Sentir e poder VER finalmente a Voz Alada de Kyrie de Angelis... Kyrie Eleison...  Christie Eleison: ANJOS EM NÓS...
 Kyrie-termo grego que significa Senhor. É atribuído a Cristo Ressuscitado. Kyrie exprime o mistério de Cristo, Filho do homem e Filho de Deus. Kyrie de Angelis, Hora Sagrada do Final de Tarde, quando os anjos evocam e reverenciam a Prece do Silêncio, a Oração do Senhor!!!



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Basta, chega: passou da hora !!!

                                   


O suplício público do menino de seis anos João Hélio Fernandes, no Rio de Janeiro, em um passado não tão distante (2007) se repete agora com o caso do menino Bryan de cinco anos, na Zona Leste de SP. Barbárie e crueldade, chocam, doem coletivamente. Causam comoção nacional. O impacto da tragédia social segue o mesmo caminho em intensidade e degradação.
Mais uma vez, muito se falou. Explicações surgiram da proliferação do mal. Todavia, além do frágil estabelecimento da comoção e da revolta, corremos o risco novamente da ausência de providências. E, o martírio agora do menino Bryan ou o do garotinho João Hélio, ou de tantas outras crianças e brasileiros do Bem, em geral, se não fizermos nada, logo será esquecido.

E o pior, não haverá coragem suficiente para enfrentar a bandidagem, que nos próximos meses continuará incólume. Com incontáveis assassinatos, guerra de quadrilhas, chacinas e execuções, praticados, na maioria, por adolescentes de 16 anos.

A escolha é nossa é da sociedade em geral. Mas, agora é a hora exata, a hora certa da reação.

É hora de mobilização maior a que a observada por 20 centavos. Vamos sim, bradar, gritar aos quatro cantos. Chega!!! Basta, passou da hora.

Vamos cobrar forte por providências.. Clamar pelo fortalecimento da Justiça, através de reformas com penas duras e inflexíveis, até a pena de morte, para casos semelhantes ao de Bryan e João Hélio..Diminuir benefícios de presos, suspender indultos, saídas temporárias (de Natal, Páscoa, dia das Mães, dia dos Pais...) criar códigos penitenciários e priorizar o policiamento comunitário, por exemplo, entre outras medidas.  E redução já ...” pra ontem” da maioridade penal, para 16 ou 14 anos.

Nitidamente, não podemos mais cruzar os braços, Aceitar a banalização da vida (ou seria da morte?) que as autoridades de segurança chegam a criar nas estatísticas, para registrar mortos abandonados em malas de automóveis, ribanceiras, cemitérios clandestinos e, em outros deploráveis cenários do crime.

Na realidade, a vida está sendo jogada no lixo. Estamos sim, no fundo do poço. Somos, nós os condenados, em uma redoma, onde o bandido é quem decide quem vive e quem morre, A violência desenfreada é o carrasco hodierno que salta aos nossos olhos, fere e mutila a retina de uma população inteira.

O panorama é  doentio. Ainda aceitamos que os governos, a polícia, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia continuem os mesmos. No entorno da patologia, a degradação das cidades e do índice de desenvolvimento humano seguem o curso do envelhecimento das gerações. Pelo esgotamento de explicações, está na hora de um basta geral. Basta ao terror crescente, basta a barbárie, porque o limite da tolerância da sociedade já há muito foi ultrapassado.

Queremos e podemos obter leis mais amplas e mais duras. Será que a ninguém ocorreu a verdade que há lugares no mundo, em outros países e nações, onde os criminosos temem a lei, temem acima de tudo as pessoas de Bem???

Cabe, portanto, a pergunta: o que essas sociedades têm ou possuem que nós brasileiros ainda não temos???

Vamos agir. Chega de inércia e apenas espanto. Vamos demonstrar inteligência. Ás vezes não é preciso disparar um só tiro, para reverter o quadro cruel e desumano dos dias atuais. É preciso se livrar do MEDO Coletivo. Temos de denunciar o crime, fortalecer os instrumentos de delação como é o Disque-Denúncia. A delação inteligente, às vezes, vale mais e é mais rápida que o trabalho científico de investigação.

Não tenham receio de denunciar e cobrar. Não há mais espaço para os receios. A mobilização, a cobrança e as exigências são as armas, que nos levarão à ascensão social: de uma sociedade justa e igualitária, livre do fantasma da degradação e proliferação do Mal.

Pensem e reflitam a respeito. Vale muito tentar, porque a vida é um bem que não tem preço. Precisamos urgentemente resgatá-la, valorizá-la, para o bem-comum. E, principalmente, para o Bem e Garantia do Futuro deste País, Futuro do Brasil...   

Acima de tudo que se faça urgentemente o que tem de ser feito. Mais do que nunca é preciso conter a hemorragia social provocada pelo crime. Chega, basta de adiamento ou explicações. Corremos o risco de estarmos chorando a qualquer instante a morte  de outro anjinho Bryan, de outro anjinho e brasileirinho João Hélio: todos massacrados covardemente, ceifados do direito à vida.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Letras Mortas

Estou ausente de mim mesmo... à esmo!
Lambendo novamente as feridas.
Outras vidas me instigam, inconscientemente a ir em frente!!
As oportunidades passaram, murcharam, caíram do galho, foram como um ato falho de um teatro de fato, que apenas o tempo guardou...
Mas, vou adiante, infante do nada, a seguir pela nebulosa e derradeira estrada.
Guardei meus melhores momentos no cofre da retina, que o vento verdugo teima em espalhar.
Antes da decapitação, subi pelas montanhas do mar e quase naufraguei nas ondas do espaço estelar.

Depois da execução, me transformei em espécie de bardo ardente em fogo temente.

Letras mortas moveram o último Arvoredo....  não tenho mais medo, apesar de ser arremedo!!!
Sou anjo de asas quebradas que não servem pra mais nada.
Recolhi aplausos dos telhados de vidros quebrados...
Solitário no palanque, refiz forças para tecer novas ilusões
E, talvez, por ser a solidão minha maior arma, guerreiro e cavaleiro, não sucumbi...
As Letras Mortas Renasceram em versos e novos universos...
Não desisti e apenas recolhi cacos e caminhei e caminhei
cicatrizando novamente as feridas.
Agora, lá fora... outras vidas me instigam, inconscientemente a ir sempre e sempre em frente!!